quinta-feira, 27 de outubro de 2011

arremesso

quase 9
cabine cheia
carranca
carranca
protegendo o caminho
carranca
arranca c
trava o respirar
solta pingo
carranca
carranca
saí tarde demais
carranca
to ficando louca
caralho.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

crase

debulhar os meus cachos
e nublar tua visão
cair
desdobra esse lençol sobre mim
debruça tez e pele
impregna a crase inteira de suor

e toca poro a poro
sorriso e rubor

e passo-traço-vivo-intenso
o afeto brota livre

estende a prosa e a canga
vai
festejar no meu peito
rabisco o meu desejo
e na saliva o gosto feito de chegar

estendo a ti meus galhos
sem mesmo pontuar
apaga esse ponto
é reticência

sexta-feira, 29 de julho de 2011

foi um rio que passou em minha vida

salve amor desmedido por Pixinguinha, cochichando maaanso no cabelo das morenas, dando cheiros onde não existe a dor de Paulinho; até um quase coração leviano batuca dizendo que esse amor já é demais, e por mim, não irei renunciar! consultem meu peito e saberão: marca de desengano só amor pode curar. quero é ver pandeiro gemer enquanto saio sambando pelas ruas, com o corpo tomado de vestido azul, sem ser do céu, sem ser do mar, sem capa de cobrir solidão... e meus olhos não escondem, gosto mesmo é de andar avisando que rio que passa, costuma ficar, ô da Viola.


meu tempo é hoje Wilson, 
nas ruas que sonhei.

quinta-feira, 26 de maio de 2011


quem dirá o que é certo e verá por todos os lados, 
será o senhor do tempo.
quem trará o amor verdadeiro, deixará a fonte a quem quiser beber, 
será a senhora da rosa.
deixa  o tempo clareando o monte, 
deixa o amor iluminando o homem,
quem poderá perceber sem olhar?
escutar o silêncio, 
serenar o pensamento, 
saberá de sua força, 
saberá de seu domínio, 
firmará o seu caminho, 
sentirá o amor profundo, 
será grandioso o homem.

vem chegando o tempo.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

de mim 15/20/10 ainda

hoje 9:42, não escovei os dentes
me esqueci do desodorante
ignorei a maquiagem
e meu cabelo me aceitou, disse que tava bom 
só acordei, mas queria o colo do ócio
pra me sentir querida.
 suei no buço
não fiz poesia
- eu quero as minhas sequelas.

terça-feira, 22 de março de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CONFORTO:
posição de bule com duas alças
CONFORTO:
subir morros com as mãos nas costas
CONFORTO:
dançar Carmem Miranda sem a mão rodopiando para cima
CONFORTO:
dencansar as mãos na anca
CONFORTO:
abocanhar o coccix com os dedos

tomando chá, subindo a ladeira da preguiça, gingando, criando pretextos e pressionando: o tico tico tá comento meu fubá.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pra contar como contratempo os ventos, as chuvas e rotinas, prefiro manter intacto o caule, esperando nova floração em setembro, a gosto de fazer setembro quando quiser.


{com meus frutos e flores, não quero ser Nathália Passarela}
os galhos estarão sempre aqui. 10/01/11

sábado, 1 de janeiro de 2011

quis um, tem mais. doeu.
pentatônicas do blues, abaixem a crina.


olha meu peito em gomos.
- gosto de ver a guitarra chorar.
 antes ela do que eu.

2 da manhã e você sugere
uma discussão, parabéns!
o sono claramente te impediu de
socar a cara de alguém.
          Intermédio.
8 da manhã, o despertador
acorda você e sua gata;
pelo menos uma de vocês tinha um
pesadelo.
          Alívio.
9:10hs, o despertador berra tons
dançantes e te lembra do trabalho.
         Sono.
10:00 horas, o limite que sempre desrespeito,
e o que me mantém é a cama. Facilmente,
o cheiro do queijo no fogo acordaria seu estômago
bem antes de você.
       Fome subentendida.
10:45 e você se olha no espelho
pela décima quinta vez, como se fosse
se arrumar mais rápido assim.
      Nem tão fresco.
Os títulos não deveriam colocar nome no atraso das coisas.
       Vivo.
21:30  -  você pode começar.




28/12 - 31/12/2010